Vantagens ambientais do coprocessamento de resíduos não recicláveis

Muito se fala sobre a importância da reciclagem, mas você já parou para pensar no destino dos resíduos que não podem ser reciclados?

O coprocessamento surge como uma solução inovadora para a destinação final desses rejeitos que não são passíveis de reciclagem, como pneus, biomassas, esponjas de cozinha, resíduos sólidos industriais (borras, solventes, Equipamentos de Proteção Individual contaminados (EPIs)), embalagens metalizadas, BOPP, entre outros. Ao integrar esses resíduos ao processo produtivo, principalmente em indústrias cimenteiras, essa técnica oferece uma alternativa ao descarte convencional, com impacto direto na preservação do meio ambiente. 

Continue a leitura e conheça as principais vantagens para o meio ambiente dessa solução!

O coprocessamento reduz o volume de resíduos enviados para lixões e aterros sanitários 

Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado

Sabia que, segundo o levantamento do Sistema Nacional de Informações em Saneamento, do Ministério das Cidades, 1,5 mil lixões continuavam funcionando em 2022 no Brasil? Diferentemente dos aterros sanitários, que são estruturas projetadas para receber e tratar os resíduos de maneira segura e ambientalmente correta, os lixões são apenas depósitos de lixo a céu aberto, sem qualquer tipo de controle ambiental, sanitário ou de segurança.

Para amenizar esse problema, o coprocessamento se destaca como uma solução eficiente, beneficiando tanto municípios quanto empresas privadas. Nesse processo, os resíduos são completamente eliminados, sem a geração de passivos ambientais, contribuindo para uma gestão mais sustentável e responsável dos municípios e empresas privadas.

Geração de energia alternativa

Além de reduzir significativamente o volume de resíduos, o coprocessamento transforma esses materiais em energia limpa. Já pensou no potencial energético dos rejeitos sólidos que fazem parte das 77 milhões de toneladas de lixo geradas anualmente no Brasil? Se esses resíduos fossem coprocessados, o volume de energia alternativa disponível para a produção de cimento seria expressivo.

No entanto, um estudo da Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema) revela que aproximadamente 40% desse lixo ainda é descartado de maneira inadequada no país. Nossa missão é transformar essa realidade! Com soluções inovadoras e engajamento de todos os setores, acreditamos que é possível mudar o cenário atual e promover um futuro mais sustentável e equilibrado para o Brasil.