Por que o manejo adequado dos resíduos sólidos é importante?
Vivemos em um mundo onde o consumo é cada vez mais rápido e descartável. Diariamente, toneladas de resíduos são geradas, muitas vezes sem o devido cuidado com o destino final. Mas o que acontece com esse lixo depois que ele “desaparece” da nossa vista? Quando realizado corretamente, o manejo dos resíduos sólidos é uma prática […]

Vivemos em um mundo onde o consumo é cada vez mais rápido e descartável. Diariamente, toneladas de resíduos são geradas, muitas vezes sem o devido cuidado com o destino final. Mas o que acontece com esse lixo depois que ele “desaparece” da nossa vista? Quando realizado corretamente, o manejo dos resíduos sólidos é uma prática que visa preservar o meio ambiente, a saúde pública e garantir um futuro sustentável para as próximas gerações.
O que é o manejo de resíduos sólidos?
O manejo de resíduos sólidos refere-se ao conjunto de atividades destinadas a gerenciar os resíduos desde sua geração até a destinação final. No Brasil, essa gestão é regulamentada pela Lei 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). A lei define o manejo adequado como um processo que envolve coleta, transporte, tratamento e destinação final ambientalmente correta dos resíduos.
Além disso, a PNRS destaca a importância da não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento antes da disposição em aterros sanitários. Essa política busca incentivar a economia circular, promovendo o reaproveitamento de materiais e a sustentabilidade.
O Brasil e a produção de resíduos sólidos
Com mais de 200 milhões de habitantes, o Brasil ocupa posição de destaque entre os países que mais geram resíduos sólidos. Apenas em 2023, foram produzidos 81 milhões de toneladas de resíduos, segundo a Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema). Entretanto, grande parte desse volume ainda recebe destinação inadequada, agravando problemas como a poluição, o aumento de emissões de gases de efeito estufa e riscos à saúde.
Formas de realizar o manejo de resíduos sólidos
A gestão dos resíduos sólidos não é responsabilidade apenas do governo. A PNRS estabelece o conceito de responsabilidade compartilhada, no qual empresas, consumidores, comerciantes e o poder público têm papéis complementares na redução e destinação correta dos resíduos.
A Lei 12.305/2010 também estabelece as formas adequadas de realizar o manejo de resíduos sólidos, que incluem:
1. Não geração de resíduos
A prevenção é o primeiro passo e a prioridade máxima da PNRS. Empresas e consumidores devem adotar práticas que evitem a geração de resíduos, como repensar processos produtivos, optar por produtos duráveis e reduzir o desperdício de materiais.
2. Redução
Quando não é possível evitar a geração, a redução deve ser o foco. Isso pode ser alcançado por meio do uso consciente de recursos e da melhoria na eficiência dos processos industriais.
3. Reutilização
A PNRS incentiva o reaproveitamento de materiais antes que eles sejam descartados. Objetos e materiais podem ser reutilizados em suas formas originais ou adaptados para novas funções, reduzindo a necessidade de extração de recursos naturais.
4. Reciclagem
A reciclagem é uma das formas mais conhecidas de manejo. Trata-se do processamento de resíduos para transformá-los em novos produtos ou matérias-primas. A PNRS também estimula o fortalecimento de cooperativas de catadores e empresas de reciclagem como forma de impulsionar essa prática.
5. Tratamento de resíduos
Os resíduos que não podem ser reutilizados ou reciclados devem ser tratados de forma ambientalmente adequada. Processos como o coprocessamento e outras tecnologias contribuem para eliminar os resíduos de forma completa, sem geração de passivos ambientais que possam prejudicar o meio ambiente
6. Disposição final ambientalmente adequada
Somente os resíduos que não podem ser reaproveitados devem ser destinados a aterros sanitários licenciados ou outras soluções de disposição ambientalmente seguras. A PNRS proíbe a destinação inadequada, como o uso de lixões, que são prejudiciais ao meio ambiente e à saúde pública.
Quando cada um faz a sua parte, fica mais fácil construir um mundo mais limpo e sustentável!
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