Coprocessamento x Incineração: entendendo as diferenças

Os dois métodos atuam na gestão de resíduos, mas Coprocessamento é uma tecnologia mais limpa e sustentável.

Coprocessamento x Incineração: entendendo as diferenças

O coprocessamento é uma solução sustentável de destinação de resíduos realizada desde a década de 1990 no Brasil pela Votorantim Cimentos. Em 2019, a Votorantim Cimentos criou a Verdera, unidade de negócios que realiza a gestão e processamento de resíduos de forma completa para empresas e indústrias de todo o país.

Muitas pessoas ainda desconhecem o coprocessamento ou o confundem com a incineração, outra técnica de destinação de resíduos muito utilizada. No entanto, ambos possuem diferenças significativas que, no longo prazo, podem determinar o futuro do nosso planeta.

A seguir, conheça as principais características e diferenças desses dois métodos de gestão de resíduos e como eles impactam o meio ambiente, a sociedade e os negócios.

Coprocessamento: energia que vem dos resíduos

O coprocessamento é uma solução inovadora e sustentável que consiste em utilizar resíduos, que seriam descartados, como combustível alternativo em processos industriais. Essa prática é viável principalmente na indústria cimenteira, onde os fornos utilizados para a produção de cimento possuem as condições ideais para a combustão de diversos tipos de resíduos,

De acordo com a Resolução 499 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), o Coprocessamento é uma atividade licenciada e considerada uma forma de “destinação final ambientalmente adequada”. Por meio dela, o que seria descartado se transforma em energia e o passivo ambiental é eliminado.


Nesse processo, os resíduos utilizados no coprocessamento geram energia limpa para a produção de cimento ao substituírem parte do combustível de fontes não renováveis que seriam usados para alimentar os fornos rotativos de clínquer. Isso significa que menos combustíveis fósseis são queimados para produzir a mesma quantidade de cimento, resultando em uma redução nas emissões de gases de efeito estufa.

Portanto, ao incorporar resíduos como combustíveis alternativos, o coprocessamento contribui significativamente para a redução do volume de resíduos destinados a aterros sanitários e incineradores. Isso também contribui para a diminuição das emissões de metano, um gás que, de acordo com as Nações Unidas, é 80 vezes mais potente que o CO2 na promoção das mudanças climáticas.

A Verdera já coprocessou mais de 5,5 milhões de toneladas de resíduos. Com isso, mais de 4,7 milhões de toneladas de CO2 foram reduzidas através do nosso trabalho contínuo em todo o Brasil.

Incineração: queima controlada de resíduos

A incineração, ou tratamento térmico, é um processo de queima controlada de resíduos em altas temperaturas, geralmente realizado em usinas especializadas.

O objetivo principal da incineração é a redução do volume dos resíduos e a destruição de substâncias nocivas, como patógenos e contaminantes químicos. Por isso, é comum a incineração de materiais específicos, como lixo hospitalar.

Algumas etapas estão envolvidas nesse processo:

  • Separação e preparação dos resíduos a serem incinerados;
  • Queima dos resíduos em alta temperatura, geralmente entre 850 °C e 1200 °C;
  • Monitoramento e controle de emissões atmosféricas;
  • Tratamento das cinzas e transporte para aterro específico.

Dessa forma, as etapas acima visam garantir a eficiência na queima dos resíduos e a minimização dos impactos ambientais. No entanto, ao contrário do coprocessamento, a incineração não reaproveita materiais gerando subprodutos.

A questão das cinzas também é um ponto a ser considerado. Enquanto no coprocessamento as cinzas geradas são reinseridas na cadeia produtiva do cimento sem alterar sua qualidade, na incineração é necessário o uso de aterros específicos para o descarte das cinzas.

Diferenciais competitivos do Coprocessamento

Com as demandas ESG (Ambiental, Social e Governança) crescendo cada vez mais, responsabilizar-se por suas próprias emissões de gases nocivos e atuar para combatê-las é determinante para negócios que desejam prosperar e se destacar no mercado no longo prazo.

Afinal, todas as empresas podem, em alguma medida, adotar práticas e procedimentos para o gerenciamento adequado dos resíduos produzidos por suas atividades.

Nesse sentido, o Coprocessamento pode ser um diferencial competitivo para empresas que buscam alinhar seus negócios aos princípios ESG.

Em relação ao Meio Ambiente (E), como já mencionamos, o Coprocessamento permite a redução do volume de resíduos destinados aos aterros sanitários e do consumo de combustíveis fósseis, o que contribui para diminuir a poluição do solo, do ar e da água, além das emissões de gases de efeito estufa.

Já no aspecto Social (S), o Coprocessamento pode gerar empregos e renda para as comunidades locais, especialmente para aquelas que dependem da coleta e da destinação de resíduos.

E, em relação à Governança (G), o Coprocessamento pode contribuir para a melhoria da imagem das empresas perante seus stakeholders, ao adotar uma gestão eficiente e sustentável de seus resíduos, e para o cumprimento de requisitos legais e regulatórios.

Na Verdera, oferecemos um atendimento próximo e personalizado aos nossos clientes por meio da Gestão e Processamento de Resíduos. Atuamos do início ao fim, desde a coleta até o licenciamento, descaracterização, segregação, trituração, mistura e homogeneização desses resíduos para serem incorporados aos fornos de cimento. Juntos, geramos energia limpa e levamos a sustentabilidade para todos os cantos do país! 

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